Em 1920, no então conhecido Alto do Jaraguassuí, nascia à dita localidade que hoje conhecemos como Campanário. Na época havia apenas algumas casas sendo que uma delas pertenceria à família do Sr. Agostinho Rodrigues de Sousa. O lugar parecia até então pacato e o tempo foi passando e a localidade se desenvolvendo.
Para que haja um desenvolvimento satisfatório em um grupo seja ele de indivíduos ou não é preciso que se tenha organização e planejamento, e o grande fator que leva o ser humano a adquirir esses preceitos é a Educação.
A educação no Campanário em meados da década de 40 era um pouco rústica e bruta como um diamante esperando a lapidação do burilador. Os prédios escolares não existiam, devido também ao fato da localidade pertencer a Comarca de Granja, então a solução encontrada pelos moradores que pretendiam estudar era pagar aqueles que sabiam ler e escrever para que lhes ensinasse também a praticar a leitura. Como a situação financeira era desfavorável para a maioria da população, apenas aqueles quem tinham algumas condições a mais, eram quem tinham o privilégio de estudar. A educação dada era bem simples, apenas se aprendia ler, escrever e calcular. Não existiam avaliações que pudessem medir o nível de aprendizado dos alunos, o importante é que formasse dali o que hoje chamamos de analfabeto funcional, ou seja, apenas saber escrever seu próprio nome. Nesse seguimento uma das primeiras professoras de Campanário foi a Sra. Raimunda Fernandes Veras, popularmente conhecida como Raimunda Veras. Ela ministrava suas aulas na residência da Sra. Maria Dolores, a mesma casou-se com o Sr. João Marques Veras, a união durou apenas 8 anos e terminou com o falecimento da mesma.
A forma metodológica que a mesma usava para encaminhar suas aulas e o aprendizado satisfatório de sua turma era bem modesto e, no entanto rígida, ela usava a chamada palmatória para punir aos alunos que não cumprisse as tarefas, não respondesse aos argumentos, ou seja, as perguntas orais feitas pela professora, ou até mesmo que desobedecessem ao seu orientador. Não existiam provas, ou notas avaliativas, apenas aqueles que se destacassem eram os que podiam ser considerados cumpridores de suas tarefas, passando assim automaticamente de um ano escolar para outro. Essas aulas quando não eram dadas na casa de Dona Dolores, eram dadas na sacristia da Igreja Matriz de Campanário.
As aulas aconteceram em um período de 1946 a 1950, onde o único apelo didático eram as chamadas cartilhas do ABC. Ao chegar à sala a professora colocava na mesa um número de pedrinhas correspondentes ao número de alunos que estavam em sala, e quando um aluno precisava sair, eles teriam então que pedir permissão levando com ele uma das pedrinhas, caso isso não acontecesse eram punidos com um bolo, ou seja, uma palmatória na mão. Essa era a forma usada naquela década para se obter controle e obter respeito por parte dos alunos. Uma das imposições que todos os alunos tinham que fazer era uma oração antes que começassem as aulas.
A ordem de escolaridade era a seguinte: 1º ano primário, 2º ano primário, 3º ano primário, 4º ano primário e 5º ano primário. Naquela época quem concluía o 5º ano primário equivalia ao que hoje é o 3º ano médio.
No ano de 1951 lecionava também em Campanário a Sra. Eliza Florêncio Chaves, naquela época ela tinha apenas 23 anos e por sua conduta estudantil correta e rígida ministrava aulas para alguns alunos daquela localidade.
As aulas eram pela parte do turno manhã ou tarde, pois estudar durante o turno da noite era considerado uma forma de absurdo.
O fato é que a localidade ia crescendo a media em que aquelas crianças cresciam e formavam novas famílias, novas pessoas chegavam e construíam suas casas e traziam com elas outras culturas e aquela comunidade ia assim criando sua própria identidade.
Foi então que em Março de 1957, o então distrito de Uruoca que pertencia à cidade de Granja segundo a lei nº 3.560, fez-se desmembrar daquela cidade tornando-se município a partir daquela data. A localidade de Campanário passou a ser então distrito de Uruoca, permanecendo assim até hoje.
Esse foi um fator primordial para que o crescimento de Campanário favorecesse que viesse a notoriamente aumentar.
A educação também evoluiu e com a chegada de novos moradores também a facilidade de encontrar pessoas que pudessem agir como professores, passando a ser remunerado pela Prefeitura Municipal.
Foi então que na gestão do Prefeito Martins Jacinto, no ano de 1973 foi construída o primeiro prédio escolar de Campanário, a então escola Francisco Marques Vieira.
HISTÓRIA DA ESCOLA FRANCISCO MARQUES VIEIRA
A escola foi construída em 1973, na gestão do Prefeito Martins Jacinto, que junto à comissão parlamentar conseguiu as verbas para erguer o prédio. O Sr. Francisco Marques Vieira havia doado o terreno para que fosse construída a escola. Por isso dar-se a escola o nome do então agricultor de Campanário Francisco Marques Vieira. A escola teve autorização para dar inicio aos seus trabalhos no dia 12 de março de 1996, recebendo assim o certificado, e no inicio atendia apenas as aulas do Fundamental I, a escola continha apenas 02 salas. Uma das primeiras professoras foi Maria Aparecida Ximenes de Vasconcelos, sua primeira Diretora foi a Sra. Anastácia Araújo Frota Veras, ela permaneceu de 1977 a 1996, seguida de Francisco Armando Fernandes Sales de 1997 a 2000, Valdeída Rodrigues Fonseca Aragão de 2001 a 2004, Maria do Socorro Vasconcelos de 2005 a 2009 e Vadiná Moreira Batista de 2010 até os dias de hoje. Depois de passar por uma reforma a escola hoje contem 06 salas, 04 banheiros, Diretoria, uma secretaria, uma sala de informática, uma biblioteca e uma sala de coordenação, hoje a escola oferece um serviço de informatização para os alunos do fundamental, merenda escolar de qualidade e programas de atenção aos alunos onde eles desenvolvem melhor o aprimoramento de suas dificuldades e alimentam sua cultura. A escola é composta de núcleo gestor, corpo docente, corpo discente e apoio e obedecem as normas da LDB, (Lei de Diretrizes e Bases).
Anastácia Araújo Frota Veras, 1ª Diretora da Escola Francisco Marques. De 1977 a 1996.
Francisco Armando Fernandes Sales, 2º diretor da escola Marques Vieira. De 1997 a 2000.
Valdeída Rodrigues Fonseca Aragão, 3ª diretora. De 2001 a 2004.
Maria do Socorro Vasconcelos, 4ª diretora da Escola Marques Vieira. De 2005 a 2009.
Valdiná Moreira Batista, Diretor desde Janeiro de 2010 até os dias atuais.
Bandeira da Escola, criada pelo aluno Luís Carlos Barbosa de Oliveira em 2003, por meio de competição de desenhos.
HISTÓRIA DA ESCOLA RAIMUNDO FERNANDES MOREIRA CHAVES
A escola Raimundo Fernandes Moreira Chaves foi construída na gestão do Prefeito Moacir Machado Siqueira, no ano de 1981, seu nome deu-se em homenagem ao pai do ex-vereador Neném Bringel, o Sr. Raimundo Fernandes Moreira Chaves o seu Bringel.
Ainda no ano 19981 funcionava apenas com 02 salas de aula, 02 banheiros, 01 cantina, 01 secretaria, funcionando as turmas de 1ª e 2ª séries do fundamental I, tendo como uma das primeiras professoras Anastácia Araújo Frota Veras que ao mesmo tempo encarregava-se da direção da escola até que entrou a professora Eliete Ximenes Vasconcelos que se encarregou dessas atividades até o ano de 2000.
Na gestão do Prefeito Manoel Cardoso dos Santos a escola passa por uma reforma onde são construídas mais 01 sala para ampliação dos atendimentos escolares.
Com a entrada do Prefeito Jan Keully Pessoa Aquino assume em 2001 o Sr. Edssandro Félix de Oliveira, permanecendo no cargo até o ano de 2007.
Já no ano de 2008 assume o cargo por meio de eleições diretas o Sr. Antônio Clígeo Fernandes Sales onde permanece até os dias atuais.
A escola hoje atende alunos do 1º ao 3º ano do fundamental I e visa constantemente à qualidade do ensino as crianças de Campanário.
Anastácia Araújo Frota Veras, 1ª Diretora da Escola Raimundo Fernandes Moreira Chaves.
Eliete Ximenes de Vasconcelos, diretoras até o ano de 2000.
Edssandro Félix de Oliveira, diretor do ano de 2001 até 2007.
Antônio Clíngeo Fernandes Sales diretor da Escola Rdo Fernandes de 2008 até os dias atuais.
HISTÓRIA DA CRESCHE ANTÔNIA ALMEIDA BATISTA
A Creche foi construída no ano de 1993 na gestão do Prefeito Joaquim Garcez Rocha, com o objetivo de fornecer educação aos alunos do grupo infantil, de inicio a coordenação da creche era administrada pelo Sr. Vivente de Paulo Ferreira e pela Sra. Maria das Graças Siqueira ambos residentes na Sede Uruoca hoje já falecidos. No período da gestão do Prefeito Manoel Cardoso dos Santos a direção passou a ser da Sra. Liberdade, conhecida assim pela população. Na gestão de Jan Keully Pessoa Aquino a direção passou a ser da Sra. Emilta Caetano que coordenava toda parte de ensino infantil o município até o não de 2010 que por meio de eleições diretas elegeu-se a então diretora Elita Marques de Sousa. A cresce funciona conforme as leis do Mec e da LDB. O nome da creche deu-se pelo fato de que um dos vereadores do município era filho da Sra. Antônia de Almeida Batista.
Elita Marques de Sousa atual diretos da Creche Antônia Almeida Batista atualmente.
HISTÓRIA DA ESCOLA NÉ CONRADO
A escola Né Conrado foi construída para sanar a grande demanda nas demais escolas, foi na gestão estadual do Governador Lúcio Gonçalo de Alcântara e municipal do Prefeito Jan Keully Pessoa Aquino que foi inaugurada dia 17 de janeiro de 2004, atendendo a aproximadamente 310 alunos do fundamental, na direção estava a Srta. Deriana Leopoldo do Nascimento, permanecendo por um ano e em 2005 assume por meio de eleições diretas o Sr. Francisco Neto Abreu onde permanece até os dias de hoje. Com o crescimento da comunidade a escola deu espaço ao anexo da Olímpio Sampaio da Silva que atende ao público escolar do ensino médio com sede em Uruoca e direção de Maria Aparecida Ximenes.
O nome da escola deu-se pelo fato de que o Sr. Manoel Fernandes Moreira era um importante agricultor em Campanário e pai então Prefeito Manoel Fernandes Moreira Filho que na época era vice-prefeito.
A escola tem um grande aparato que dá ensino de qualidade a todos os alunos do fundamental e médio da localidade de campanário.
Deriana Leopoldo do Nascimento, 1ª direta da escola-2004 a 2005.
Francisco Neto Abreu, atual diretor da escola Né Conrado-2006 até os dias atuais.